6 de julho de 2013

Curiosidades: Spirit Monsters (Parte 1)

curiosidades4

Eae galerinha, como vão? Estou lançando uma pequena série de posts focada nos monstros Spirit, que receberão novos suportes no booster Shadow Specters em pouco tempo. Como cada monstro Spirit foi baseado em alguma coisa, tive que dividir os posts para eles ficarem mais completos. Sigam-me os bons!



300px-NOAHKOs monstros Spirit apareceram pela primeira vez no anime durante a terceira temporada de Yu-Gi-Oh! Duel Monsters e foram usados por Noah Kaiba, filho de Gozaburo e irmão de Seto e Mokuba.

Apareceram pela primeira vez no OCG no booster Mythological Age e no TCG no booster Legacy of Darkness, de 2003.

Todos os monstros Spirit compartilham uma mesma descrição: “Esta carta não pode ser Special Summoned. Esta carta retorna à mão do dono durante a End Phase do turno em que foi Normal Summoned ou virada para cima.”, com excessão de Yamato-no-Kami que só pode ser Special Summoned e por banir 1 monstro Spirit do seu cemitério.

maharaghi

  • Possui aparência semelhante à de Orichalcos Shunoros;
  • Tanto Maharaghi quanto Orichalcos Shunoros são baseados em um Dogü;
  • O efeito de Maharaghi é semelhante ao de Dark Tinker (Olhar a carta do topo do deck e colocá-la no topo ou fundo do deck;

369px-Dogu_Miyagi_1000_BCE_400_BCEDogus são estatuetas de barro presentes na cultura japonesa por um grande período histórico e primitivo. Algumas pessoas construíam essas estátuas de barro ou cerâmica como expressões artísticas, e algumas teorias dizem que as estátuas sao provas da comunicação do homem com seres extraterrestres, para ser mais específico: deuses extraterresteres. Você já deve ter ouvido algo do tipo.

A forma do corpo da estátua se assemelha a um corpo humano, porém com uma espécie de armadura, o que é outra prova de que o contato com extraterrestres pode realmente ter existido nesse período: Roupas espaciais do futuro (como essa aqui) tendem a cada vez mais serem parecidas com as dos Dogus, pois garantem mais proteção para os astronautas que podem viajar à Marte, por exemplo.

O que parece ser um grande olho nas estatuetas seriam na verdade ÓCULOS DE SOL, daqueles bem primitivos como os usados pelos esquimós, onde os visores são uma linha estreita na horizontal.

Outros Dogus apresentam características femininas bem evidentes, o que simboliza a fertilidade (mentira, é que os japoneses são taradões mesmo), e em outros casos, o que parece ser uma roupa cheia de estampas é na verdade um conjunto de tatuagens no corpo da representação, uma prática que era bastante comum na cultura japonesa mais antiga.

inaba

  • Este monstro é baseado no conto do Coelho Branco de Inaba;

Um dos contos mais antigos do Japão preservados até hoje, do primeiro livro japonês que se tem conhecimento, Kojiki, é o do Coelho Branco de Inaba. Vou tentar resumí-lo para vocês:

Em uma pequena ilha do Japão, morava um coelho branco que todos os dias observava a ilha Honshu, principal ilha japonesa, sonhando um dia atravessar o mar e conhecer os campos verdejantes de Honshu. Certo dias ele teve uma idéia: Desafiou um tubarão para descobrirem se há mais coelhos ou tubarões no mundo, já que os coelhos são os animais mais férteis e por outro lado não é possível contar a quantidade de tubarões no mundo porque moram debaixo da água.

“O senhor junta todos os tubarões e coloca em fila daqui até a praia de Inaba. Daí eu vou pulando em suas costas e contando um por um. Chegando do outro lado, chamo meus companheiros e eles vão ficar enfileirados na beira do mar e vocês contam em quantos coelhos somos”, disse o esperto coelho ao tubarão, que aceitou o desafio.

No dia de cumprir o desafio, o tubarão trouxe seus companheiros que fizeram conforme o planejado, e o coelho começou a pular em suas costas até chegar na praia de Inaba, em Honshu. Estava tão contente que iria realizar seu sonho que perdeu a conta. Os tubarões, percebendo que o coelho estava os enganando, decidiram dar uma lição nele: arracaram-lhe todos os pelos do corpo e o jogaram na praia de Inaba.

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Quatro jovens que passavam pelo local ouviram o coelho chorando e caíram na gargalhada, então um deles propôs uma solução para o coelho recuperar os pelos de seu corpo: se lavar nas águas do mar e depois secar no vento da montanha, o que fez com que o corpo do inocente coelho começasse à arder. Após isso, o coelho branco se encontrou com Ookuni Nushi no Mikoto, uma divindade importante na mitologia japonesa e conhecido como “O Grande Mestre da Terra”, que carregava um enorme saco nas costas. A divindade recomendou que o coelho lavasse seu corpo em um riacho de águas puras e depois deitasse em uma forração feita de algodão, e então o Mestre da Terra saiu com os pertences de seus 4 irmãos mais velhos (os mesmos que tinham enganado o coelho).

A recomendação de Ookuni Nushi funcionou e seu pelo cresceu conforme o planejado, e então o coelho de Inaba conclui: “Esse jovem que hoje carrega o fardo de seus irmãos, um dia será reconhecido como a pessoa mais nobre deste país!”. O que mais tarde a profecia se cumpre.yata-garasu

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Yatagarasu é um corvo de três patas que esta presente não somente na mitologia japonesa mas também na Egípcia e em histórias que percorrem quase todo a Ásia e norte da África. Geralmente é associada ao sol, e segundo os japoneses, Yatagarasu simboliza a ave do sol, mensageiro da deusa Amaterasu (Deusa do Sol, que iremos falar nos próximos posts da série). É interpretado como a evidência da vontade do Céu ou intervenção divina nos assuntos humanos.

Yatagarasu esta relacionado ao surgimento do primeiro imperador japonês, que o guiou para Yamato onde obteve a sua primeira vitória. Por isso, o corvo de três patas é conhecido como o animal que dirige a vitória (E realmente, porque em Yu-Gi-Oh! quando ele entra no campo é só ver o oponente dar Rage Quit), sendo usado em vários emblemas e insígnias, como o da Seleção de Futebol do Japão (clique aqui).

O corvo de três patas esta presente no Kojiki e no Nihon Shoki (grandes obras japonesas, e também as primeiras), embora em obras mais antigas não se tenha menção do número de pernas.


Então é isso galerinha, o próximo post da série esta pronto, mas pretendo lançar só quarta-feira que vem para dar um intervalo maroto. Comentem o que estão achando da série até agora, enviem sugestões e etc. Até mais!

Comentários
6 Comentários

6 Comentários:

Victor Andrade disse:
6 de julho de 2013 às 15:33

Show Blu! E fico feliz de ter (acho) uma segunda parte, adoro os Spirit ^^! E uma pergunta, alguém daqui do Nexus pode ajudar quanto ao design do meu blog o Yu Gideias?

Cyberblu disse:
6 de julho de 2013 às 16:15

Valeu Victor. Eu até ajudaria com o design, mas sou péssimo nisso e estou sem tempo ultimamente :)

Labyrinth Wall disse:
6 de julho de 2013 às 17:55

post muito foda, chefe Blu!!

eles podiam ter criado o Amaterasu ao invés do Yata-Garasu!! aí ia ficar legal o deus do sol e o deus da lua que é o Tsukuyomi!!

Anônimo disse:
6 de julho de 2013 às 18:09

post muito foda, chefe Blu!!2
Concordo com o Potter, e podiam lançar também o Garuda e o Shinigami (uma versão nipônica do Anubis cairia bem ;)

Labyrinth Wall disse:
6 de julho de 2013 às 18:25

Garuda está encarnado no Concoruda!! xD

todopoderosoreiyakayakaludo disse:
6 de julho de 2013 às 18:58

O maluco é que parece q esse Yatagarasu só tem um pé/perna